Com quatro anos ficou milionário
In Diário de Noticias
ALFREDO TEIXEIRA
HERNÂNI PEREIRA (imagem)
HERNÂNI PEREIRA (imagem)
Começaram a jogar no Euromilhões quando o pequeno Rui tinha três anos. Foi há um ano, e foi a criança que escolheu os números da chave com que Joaquim e Inês jogam de então para cá. Logo da primeira vez saíram 250 euros. Na semana passada ganharam 15. Na sexta-feira ficaram milionários com o prémio de 15 milhões de euros.
Inês só no sábado se deu conta da fortuna. "Estava aqui no café com mais três clientes e vi o boletim. Gritei logo: o meu filho acertou no Euromilhões!", recorda a totalista. Inês, de 35 anos, é proprietária de um pequeno café no Largo de Santa Ana, em Bagunte, concelho de Vila do Conde. O marido, Joaquim Lemos, de 40 anos, está desempregado. Vendia produtos agrícolas mas nos últimos tempos ajuda a mulher no café.
Nenhum interiorizou ainda o facto de estarem milionários. "Vou ser a mesma que era. Não é o dinheiro que me vai mudar", refere Inês. Para já, pensam fazer uma viagem mas não escolheram ainda um destino. Depois querem uma casa própria, pois vivem numa cedida pelos sogros. "De resto, vamos ficar pelo café. Eu e o meu marido, porque o dinheiro não é tudo na vida", acrescenta a mulher.
Ontem de manhã, o Café Santana estava cheio de clientes e o tema de conversa não podia ser outro. No entanto, nada é oferecido. Inês diz que "toda a gente paga". E justifica: "Não é por me sair tanto dinheiro que vou passar a dar coisas."
Para já, a família de ambos vai ser ajudada e depois há o Rui, porque "sem ele nada disto teria acontecido". Por isso, muito do esforço do casal será o de tentar dar um bom futuro ao filho, agora com quatro anos. O Rui diz que "não está contente" e não pede aos pais nenhuma prenda especial. Envergonhado, esconde-se atrás da mãe, que, à porta do café, vai mimando o filho. Do interior ouvem-se as vozes e a algazarra dos homens. "As crianças agora têm de tudo. Não é preciso sair o Euromilhões, por isso é que ele não pede nada", salienta Inês, que tenta proteger o filho da máquina fotográfica do repórter do DN. Não quer que ele seja identificado. "Com tanta coisa que se ouve por aí, depois disto ainda nos tentam fazer mal", diz. O certo é que a notícia rapidamente se espalhou pela freguesia e, neste momento, toda a gente sabe quem são os novos milionários de Bagunte. Inês e Joaquim dizem que "não vão ficar excêntricos", como refere a publicidade ao Euromilhões. Não têm nenhum sonho especial a realizar. Vão continuar a jogar, "sempre com a mesma chave". E, diz Inês, "quem sabe se na próxima semana não nos voltará a sair".
In Diário de Notícias (Ver)
PARABÉNS AOS VENCEDORES
Inês só no sábado se deu conta da fortuna. "Estava aqui no café com mais três clientes e vi o boletim. Gritei logo: o meu filho acertou no Euromilhões!", recorda a totalista. Inês, de 35 anos, é proprietária de um pequeno café no Largo de Santa Ana, em Bagunte, concelho de Vila do Conde. O marido, Joaquim Lemos, de 40 anos, está desempregado. Vendia produtos agrícolas mas nos últimos tempos ajuda a mulher no café.
Nenhum interiorizou ainda o facto de estarem milionários. "Vou ser a mesma que era. Não é o dinheiro que me vai mudar", refere Inês. Para já, pensam fazer uma viagem mas não escolheram ainda um destino. Depois querem uma casa própria, pois vivem numa cedida pelos sogros. "De resto, vamos ficar pelo café. Eu e o meu marido, porque o dinheiro não é tudo na vida", acrescenta a mulher.
Ontem de manhã, o Café Santana estava cheio de clientes e o tema de conversa não podia ser outro. No entanto, nada é oferecido. Inês diz que "toda a gente paga". E justifica: "Não é por me sair tanto dinheiro que vou passar a dar coisas."
Para já, a família de ambos vai ser ajudada e depois há o Rui, porque "sem ele nada disto teria acontecido". Por isso, muito do esforço do casal será o de tentar dar um bom futuro ao filho, agora com quatro anos. O Rui diz que "não está contente" e não pede aos pais nenhuma prenda especial. Envergonhado, esconde-se atrás da mãe, que, à porta do café, vai mimando o filho. Do interior ouvem-se as vozes e a algazarra dos homens. "As crianças agora têm de tudo. Não é preciso sair o Euromilhões, por isso é que ele não pede nada", salienta Inês, que tenta proteger o filho da máquina fotográfica do repórter do DN. Não quer que ele seja identificado. "Com tanta coisa que se ouve por aí, depois disto ainda nos tentam fazer mal", diz. O certo é que a notícia rapidamente se espalhou pela freguesia e, neste momento, toda a gente sabe quem são os novos milionários de Bagunte. Inês e Joaquim dizem que "não vão ficar excêntricos", como refere a publicidade ao Euromilhões. Não têm nenhum sonho especial a realizar. Vão continuar a jogar, "sempre com a mesma chave". E, diz Inês, "quem sabe se na próxima semana não nos voltará a sair".
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PARABÉNS AOS VENCEDORES
1 comentário:
"vão manter o café"?
esse pessoal não sabe o que são 3 milhões de contos!!!!
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